Tratamentos

Cálculo Renal

Acomete até 15% da população em geral, conhecidos por "pedra nos rins" e podem ocorrer em toda a via urinária ( rins, bexiga, ureteres, uretra). São formados pela condensação de cristais normalmente filtrados do sangue que ao se agruparem formam aglomerados mais difíceis de dissolverem.

As queixas dependem da localização e dimensão dos cálculos, mas podem variar desde a típica cólica renal (lombar) até sangramento urinário, febre ou desconforto miccional.

O diagnóstico é confirmado através de radiografias abdominais, de ultrassonografia ou de tomografia computadorizada.

O tratamento depende do tamanho, composição e localização do cálculo,podendo ser através de:

LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR ONDAS DE CHOQUE: procedimento eficaz e não invasivo, no qual o paciente é submetido a ondas de choque programadas para a fragmentação da litíase. Não há necessidade de corte ou anestesia. É realizado ambulatorialmente com o mínimo de desconforto.

URETERORRENOLITOTRIPSIA TRANSURETEROSCÓPICA: através de equipamentos delicados, o urologista acessa os cálculos na via urinária através da uretra ("canal da urina") do paciente. Utilizamos materiais flexíveis de última geração, muitas vezes com a ajuda do Laser.

CIRURGIA PERCUTÂNEA: cirurgia na qual se realiza mínima incisão lombar para acessar e fragmentar cálculos no interior dos rins. É considerada cirurgia "minimamente invasiva".

CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: também classificada como minimamente invasiva. É indicada em casos mais complexos, nos quais introduzimos câmera e pinças através de pequenas incisões abdominais, com grande ganho estético e funcional ao paciente.

Próstata Aumentada

A próstata é uma glândula responsável pela produção da maior porção do ejaculado masculino, localizada abaixo da bexiga e que também serve como via para passagem da urina. Apos os 40 anos de idade ocorre aumento benigno da próstata que pode levar a compressão extrínseca desse canal, dificultando a passagem da urina.

Os sintomas são variáveis, desde a redução do jato urinário (jato fino), aumento da frequência urinária, esforço e hesitação miccional, gotejamento terminal(pingo na cueca), levantar a noite para urinar e, até mesmo, retenção urinária.

O diagnóstico é feito com o relato do paciente e exame de toque retal, além do exame de sangue de PSA e ultrasssonografia prostática.

O tratamento, em tempo adequado, apresenta bons resultados com uso de medicações, necessitando de tratamento cirúrgico apenas aqueles casos mais graves ou refratários ao tratamento medicamentoso.

A cirurgia da próstata, quando necessário, pode ser realizada por via uretral (ressecção endoscópica da Próstata) ou através de via supra-pubica (incisão abdominal).

Disfunção Erétil

A Disfunção Erétil que também é chamada de "impotência masculina", afeta milhões de homens no mundo inteiro nas diversas idades, sendo a incapacidade recorrente de ter ou manter ereção para intercurso sexual satisfatório ao casal.

As causas mais comumente envolvidas no nessa patologia são fatores psicológicos como estresse, depressão, ansiedade além de causas medicamentosas ou doenças crônicas, como Diabetes Mellitus e Hipertensão arterial sem controle.

O grau da disfunção, circunstâncias, comorbidades e ambiente psico-social são os aspectos avaliados para o diagnóstico correto e escolha da melhor terapia.

Ejaculação Precoce

Representa a incapacidade de controlar ou retardar o momento da ejaculação, levando a insatisfação.

A principal causa conhecida para este problema está nos fatores psicossexuais como a ansiedade.

O diagnóstico e o tratamento adequado com medicamentos e terapia sexual apresentam excelentes resultados com resolução do problema.

Tumores

CÂNCER DE BEXIGA

O câncer de bexiga é a segunda neoplasia maligna mais freqüente do aparelho genitourinário. Sua principal apresentação clínica consiste na presença de sangue na urina (hematúria) de maneira indolor. A ultrassonografia é o passo inicial . A cistoscopia (endoscopia urinária) é o melhor método para visualização da lesão. A tomografia computadorizada é necessária nos casos avançados para avaliação de invasão de órgãos vizinhos e gânglios aumentados. O tratamento do câncer de bexiga inicial baseia-se na ressecção da lesão por via transuretral por meio de instrumentos endoscópicos, podendo haver a complementação com instilações substâncias na bexiga (quimioterapia intravesical). Nos casos avançados, torna-se necessária a retirada total do órgão e estruturas adjacentes, tais como, próstata nos homens, útero e ovários nas mulheres.

CÂNCER DE RIM

É o mais letal dos cânceres urológicos com mortalidade de até 40%. O tabagismo é um fator de risco definitivo, duplicando sua chance de ocorrência. Outros fatores como obesidade, hipertensão arterial e exposição a agentes químicos (cádmio, nitrosaminas) ainda não estão bem esclarecidos. A maioria dos tumores renais são assintomáticos ao diagnóstico. Os sintomas mais freqüentes são sangramento urinário (hematúria), dor lombar e massa palpável. Pode haver emagrecimento, febre, sudorese noturna e edema de membros inferiores, entre outros. A Tomografia Computadorizada de abdômen fornece a melhor avaliação da lesão renal e estruturas adjacentes. O tratamento do câncer de rim é essencialmente cirúrgico com a retirada do órgão (Nefrectomia) parcial ou total dependendo do tamanho e localização do tumor que pode ser realizada por Videolaparoscopia com incisões mínimas e retorno precoce às atividades laborais.Alternativas para tratamento de lesões pequenas são o resfriamento da lesão (Crioablação) e a utilização de Radiofrequência.

CÂNCER DE PRÓSTATA

O Câncer de Próstata é a o tumor maligno mais comum em homens acima de 50 anos. Estima-se que um em cada seis homens terá essa doença. Costuma ser assintomático , ou seja, o paciente não apresenta qualquer queixa miccional ou relacionada na fase inicial. O exame de PSA e o toque retal - que devem ser feitos em homens com mais de 50 anos ou naqueles de raça negra e/ou histórico familiar de CaP com idade superior a 45 anos – permitem diagnostico nos estágios iniciais da doença, com confirmação através de biopsia prostática. O Câncer de Próstata inicial ou localizado apresenta boas chances de cura e pode ser tratado através de cirurgia (Prostatectomia radical aberta ou videolaparoscopica ) ou radioterapia. Nas situações de doença avançada, com a presença de metástases linfonodais ou ósseas realiza-se o tratamento hormonal paliativo ( injeções ou cirurgia de retirada dos testículos). Em casos refratários ao tratamento hormonal está indicada a quimioterapia.

CÂNCER DE TESTÍCULO

O câncer de testículo ocorre em 2-3 indivíduos para cada 100 mil homens, com maior incidência se encontra nos adultos jovens dos 15 aos 35 anos. Apresenta-se com lesão endurecida e geralmente indolor do testículo com descoberta por acaso na maioria das vezes. Há fatores de risco bem estabelecidos para o câncer de testículo-histórico familiar e antecedentes pessoais de tumor de testículo; história pessoal de ausência do testículo na bolsa escrotal ao nascimento; infertilidade masculina ;ainda especula-se que hábitos de vida e alimentação desregrados possam favorecer o surgimento de tais tumores. O exame físico genital, com palpação dos testículos e estruturas adjacentes é fundamental para o diagnóstico, seguido do ultrassom com doppler escrotal ( lesões sólidas ao ultrassom são consideradas suspeitas, e biópsias testiculares por punção são sempre contraindicadas), os tumores de testículos possuem marcadores tumorais (a LDH, alfa-feto proteína e beta-HCG) que tem importância diagnóstica, para avaliação prognóstica e servem para avaliar recidiva da doença A orquiectomia radical(remoção do testículo) é o procedimento cirúrgico padrão para o tratamento dos tumores de testículo. Em algumas situações, após a avaliação do testículo ressecado, poderá ser necessário o tratamento complementar com linfadenectomia retroperitoneal (cirurgia abdominal), quimioterapia ou radioterapia.. Antes da linfadenectomia, radio ou quimioterapia, deve-se oferecer ao paciente a possibilidade de criopreservação do sêmen (congelamento), uma vez que a grande maioria dos pacientes torna-se azoospérmicos (ausência de espermatozoides no esperma ejaculado) após estes tratamentos.

CÂNCER DE PÊNIS

O câncer de pênis é um tipo de neoplasia rara, mais comum em homens a partir dos 50 anos. A queixa mais frequente é de úlcera peniana persistente (lesão que não cicatriza e de longa evolução), além de tumoração na glande, prepúcio ou corpo do pênis. O diagnostico é confirmado pela biópsia da lesão, além de pesquisa de gânglios inguinais (ínguas na virilha), que podem ser sinais de manifestação sistêmica da doença. O tratamento depende do acometimento local do tumor e da presença ou não de lesões inguinais. A cirurgia é o tratamento inicial preconizado para controle local da doença e, quando necessário, deve-se realizar a remoção dos gânglios aumentados. A radioterapia e quimioterapia são necessários na presença de doença avançada.

Infecção Urinária

A infecção do trato urinária é a segunda infecção mais comum na população em geral, predominando entre mulheres. Pode envolver apenas a bexiga ( cistite ) ou atingir os rins (pielonefrite). Quando ocorre em homens envolve a próstata (prostatite).

A cistite, quando sintomática é caracterizada pela ardência para urinar, urgência miccional, aumento da freqüência de urinar e dor acima do púbis. A pielonefrite pode se manifestar com febre, calafrios e dor lombar.

Na prostatite ocorre aumento da freqüência urinária, dor para urinar, urgência miccional, febre e sangue na urina ou na ejaculação.

O diagnóstico é feito pelo exame de urina com urocultura e antibiograma; exame de ultrassonografia também pode ser utilizado em casos de infecções urinárias complicadas ou repetitivas.

O tratamento inclui a ingestão abundante de líquidos associado a higiene e uso de antibiótico adequado.

Incontinência Urinária Feminina

É a perda involuntária de urina com incidência que aumenta com a idade, atingindo até 25% das mulheres após a menopausa.

O diagnóstico é feito pelo exame clínico e com o Estudo Urodinâmico.

O tratamento pode ser através de fisioterapia de assoalho pélvico, com grau de melhora variável e medicamentos disponíveis com eficácia comprovada na contenção urinária, especialmente nos casos de bexiga hiperativa.

Para casos em em que há perdas urinárias aos esforços ou distopia genital (p. ex. cistocele - "bexiga caída"), indica-se tratamento cirúrgico.

DST

São doenças infectocontagiosas adquiridas através do contato sexual podendo esta não ser a maneira exclusiva de transmissão.

Vasectomia

A vasectomia é um método contraceptivo com ligadura dos canais deferentes no homem. É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em cima do escroto. Não precisa de internação e dura cerca de 30 minutos. O corte e ligadura destes ductos deferentes impede a passagem de espermatozoide durante a ejaculação não interferindo no desempenho sexual e na própria ejaculação em si.

A legislação para realização da vasectomia exige idade mínima de 25 anos e/ou 2 filhos vivos.

Fimose

É a impossibilidade parcial ou total de expor a glande, ocasionado devido a presença de estreitamento no prepúcio.

Pode ser adquirida, ocorrendo em adultos apos processos inflamatórios repetitivos do prepúcio que ao cicatrizarem causam fibrose e retração impedindo a exteriorização da glande.

O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames complementares.

O tratamento geralmente é cirúrgico, conhecido como postectomia, retirando o prepúcio excedente, juntamente com a fibrose , permitindo exposição completa da glande.

Curvatura de Pênis/ Doença de Peyronie

É anomalia da curvatura do pênis, provocando dor, deformidade, dificuldade erétil e penetração durante o ato sexual, ocorrendo em homens geralmente acima dos 40 anos, acometendo cerca de 10% dos homens.

O aparecimento do problema é influenciado por alguns fatores, entre eles, a ocorrência de micro traumas e fraturas no pênis em posição ereta, doenças metabólicas, auto-imunes e fibromatosas.

Na fase aguda (inflamatória) que pode durar de 12 a 18 meses, o paciente é orientado a fazer uso de medicações via oral para tratamento da dor com anti-inflamatórios, analgésicos e drogas para evitar piora da deformidade. Na fase crônica, normalmente após fibrose e cicatrização, o tratamento recomendado é o cirúrgico. Uma das alternativas, dependendo do caso, é o uso de implante de prótese peniana.

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